A próxima semana será repleta de eventos importantes e divulgação de dados econômicos significativos, que, sem dúvida, terão um impacto notável na dinâmica dos mercados globais.

Comecemos analisando os principais eventos políticos e geopolíticos da semana passada. Desde que assumiu o cargo, o presidente Donald Trump fez várias declarações e tomou ações que afetam diretamente as condições do mercado. Uma das preocupações centrais tem sido as tarifas e taxas sobre importações, que, somadas às tensões geopolíticas, geraram ansiedade entre os investidores. Na sexta-feira, durante um discurso online no Fórum de Davos, o presidente enfatizou a necessidade de continuar reduzindo as taxas de juros. Essa declaração levou a um aumento na demanda por ações de empresas. No entanto, com a aproximação da reunião do Federal Reserve, a divulgação de dados econômicos importantes e os relatórios de lucros de várias grandes empresas americanas, os investidores estão optando por reduzir o número de posições anteriormente abertas.

As discussões em andamento sobre planos tarifários e controle de imigração estão impactando negativamente as ações nos EUA, enquanto simultaneamente fortalecem o dólar como uma moeda de refúgio seguro. No entanto, a resposta do mercado à próxima reunião do FOMC e aos relatórios econômicos recentes permanece incerta.

De acordo com dados dos futuros de fundos federais, há uma probabilidade de 99,5% de que as taxas de juros permaneçam inalteradas dentro da faixa de 4,25%-4,50%. O principal foco será a declaração do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre a perspectiva de futuros cortes de juros. Muitos investidores acreditam que um corte de juros é improvável antes do verão. Portanto, se a declaração do FOMC e os comentários de Powell não trouxerem novos insights, espera-se que a reação do mercado aos resultados da reunião seja limitada.

Os relatórios econômicos serão cruciais, especialmente o Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) e sua leitura principal, juntamente com os dados sobre renda e gastos pessoais. Um aumento nesses indicadores sinalizaria pressões inflacionárias contínuas, tornando menos provável que o Fed flexibilize sua política monetária antes da primavera.

Os investidores também analisarão atentamente o relatório do PIB do quarto trimestre, que deve indicar uma desaceleração no crescimento, de 3,1% para 2,7%.

De modo geral, a próxima reunião do FOMC, os dados potencialmente mais fracos do PIB e o aumento do PCE, combinados com preocupações tarifárias, podem levar a novas correções nas ações dos EUA. Durante esse período, o dólar provavelmente encontrará suporte.

Além disso, os cortes de juros esperados pelo Banco Central Europeu e pelo Banco do Canadá podem pressionar o euro e o dólar canadense em relação ao dólar americano.

O que poderia reverter as tendências negativas das ações dos EUA, das criptomoedas e do fortalecimento do dólar?

Uma série de anúncios otimistas por parte de Trump poderia servir como um catalisador. Por exemplo, a implementação de seus planos para reduzir a carga tributária corporativa aumentaria significativamente a demanda no mercado de ações. Além disso, os relatórios de lucros positivos das principais empresas, esperados para esta semana, poderiam proporcionar um impulso de alta para as ações.

Considerando os ambiciosos planos de Trump para reanimar a economia dos EUA, é provável que qualquer correção no mercado de ações seja de curta duração. As quedas locais podem estimular novas compras, permitindo que os principais índices de ações retomem uma trajetória ascendente.

Previsão diária

NASDAQ (#NDX)

O CFD do NASDAQ está caindo em meio às expectativas dos resultados da reunião do FOMC e dos dados econômicos críticos dos EUA divulgados esta semana. O sentimento persistentemente negativo do mercado pode empurrar o CFD para baixo de 21.000,00.

USD/CAD

O par permanece em uma faixa lateral de 1,4300-1,4465. Um possível corte nas taxas pelo Banco do Canadá, juntamente com a manutenção das taxas pelo Fed e a negatividade geral do mercado, pode levar o par em direção ao limite superior dessa faixa, em 1,4465.